PRESIDENTE DO GRUPO ESCOTEIRO DE BARIRY CONCEDE ENTREVISTA

por comunicacao — última modificação 15/08/2018 16h40

 

O grupo escoteiros de Bariry completou 32 anos de atividade no município. Recentemente, o vereador Evandro Folieni apresentou a moção de aplauso de nº 42 pelo dia do chefe do Escoteiro (6 de agosto). O presidente do grupo, Lucas Alexandre Matos,42, advogado, professor e pai falou à Câmara sobre sua trajetória como escoteiro e presidente.

Há quantos anos o grupo escoteiros atua em Bariri?

O Grupo iniciou as atividades em 13 de março de 1986, provisoriamente e com intuito inicial de chamar-se Grupo Escoteiro Nossa Senhora das Dores, mas acabou sendo registrado no ano seguinte junto à União dos Escoteiros do Brasil-UEB sob o nome de Grupo Escoteiro João Lemos. Entretanto em agosto de 2003 teve o nome alterado para Grupo Escoteiro Bariry. Portanto, há 32 anos o grupo está em atividades ininterruptas em nosso município.

Importante salientar que, segundo poucos registros históricos, podemos afirmar que o movimento escoteiro é centenário em Bariri, visto a existência de indícios em jornais da existência de um grupo escoteiro escolar nos idos de 1918 e outro na “década de 40” (com documentação mais farta);

O grupo é formado por quantos jovens?

Atualmente nosso quadro de membros juvenis atingiu a marca de 50 crianças e jovens, e outros 12 adultos voluntários.

Qual a faixa de idade dos membros do grupo?

As faixas etárias são, em conformidade com o método educativo, as seguintes:

- 6,5 a 10,5 anos: denominados ‘Lobinhos(as)’, e a ênfase das atividades é a socialização da crianças, tendo como fundo motivador o Livro da Jangal (Mogly o Menino Lobo);

- 11 a 14,5 anos: denominados ‘Escoteiros(as)’, tendo como ênfase a autonomia do jovem através da busca pela aventura;

- 15 a 17,5 anos: denominados ‘Sênior e/ou Guia’, tendo a ênfase a busca da identidade do jovem através da superação dos desafios;

- 18 a 21 anos: denominados ‘Pioneiros(as)’, tendo a ênfase a necessidade de construção de um projeto de vida adulta e o fundo motivador a prestação do serviço à comunidade;

- 21 Anos em diante: Escotista (adulto voluntário), ou, popularmente o “chefe escoteiro”;

Quando e por que você entrou no grupo?

Busquei entrar ao grupo logo na sua fundação (1986) pois muitos amigos se inscreveram e foram chamados, o que não me foi possível no primeiro ano, desta forma, entrei no final de 1987 e fiz minha ‘Promessa Escoteira’ em agosto de 1988. Mas seria correto informar que procurei entrar para continuar os laços de amizade que tinha na escola e também por achar interessante e curiosa a novidade que chegara a Bariri naquela época, ou seja, a busca pela aventura escoteira.

O que esse tempo de escoteiro tem contribuído para sua vida?

Tem contribuído desde o aprendizado das chamadas “habilidades mateiras”, até ao pertencimento de uma fraternidade mundial de amigos unificados por algo maior que suas vontades, por um ideal, e culminando em uma tentativa de construção de valores que não estejam apenas alicerçados em uma religião ou obrigatoriedade da lei, mas em um projeto de vida, baseado no autoconhecimento, na ajuda ao próximo e valorização da cidadania. Em outras palavras, o escotismo se tornou parte do meu processo de educação e aquisição de cultura ao passar de mais de duas décadas, e hoje meu filho também tem a oportunidade de vivenciar suas próprias aventuras no movimento, ao qual meu pai (ex-diretor) e minha mãe (equipe de cozinha) também já foram voluntários. Ou seja, o escotismo é uma grande família.

Considerações finais: 

O escotismo tem tentado, há mais de um século, proporcionar um complemento às práticas educacionais, tanto da escola quanto do lar e das instituições confessionais/religiosas, fazendo isso apenas com atividades lúdicas e simples, aproximando a criança e o jovem ao máximo de seu habitat natural, que é a divertida vida ao ar livre, mas sem deixar de lado um ‘Projeto Educativo’, elaborado cuidadosamente para suprir as exigências e aspirações de cada fase da vida dos participantes, sem deixar de lado ou excluir as transformações sociais, inclusive as tecnológicas. Eles acabam recebendo noções de moralidade, educacionais, espirituais, dentre outras, através de um “grande jogo” que é atividade escoteira, tornando assim atrativa e prazerosa a sua participação no movimento de jovens mais numerosos do mundo.

 Texto: Agente de Comunicação da Câmara Municipal de Bariri